[4° SEMANA DA LITERATURA NACIONAL]


[4° SEMANA DA LITERATURA NACIONAL]
Autora: Catarina

🎤Entrevista!

⭐️NOME COMPLETO: Catarina Muniz

⭐️CIDADE NATAL E CIDADE ONDE VIVE ATUALMENTE: Maceió-AL

⭐️QUEM É VOCÊ? Olha, pergunta difícil de responder...sou uma mulher cheia de planos e sonhos, carregada de cicatrizes e receios, e ao mesmo tempo, repleta de otimismo e bastante coragem. Sou mãe, sou funcionária pública, dona de casa, escritora, amiga, irmã, amante...e no início de tudo, uma menina risonha, que ama música e doces. 

⭐️QUANDO DECIDIU QUE QUERIA ESCREVER? Na verdade, eu fui levada a isso. Eu nunca havia sonhado em ser escritora, não costumava escrever poesias na adolescência nem guardava diários. Eu tinha consciência de minha facilidade para me expressar através da escrita, mas jamais havia considerado a ideia de escrever algo. Foi graças à Síndrome do Pânico, com a qual fui diagnosticada em 2012 que a escrita entrou em minha vida como uma catarse, uma forma despretensiosa de desabafo. A partir daí as coisas foram acontecendo, o primeiro livro surgiu, depois o segundo...e quando assinei o contrato de “A dama de papel” com a Universo dos Livros, percebi que não havia mais volta: eu era, de fato, uma escritora.

⭐️COMO SURGIU A IDEIA DO PRIMEIRO LIVRO? O primeiro livro, intitulado “O segredo de Montenegro”, foi escrito em dois meses e meio, no auge da Síndrome do Pânico. Infelizmente ele não está mais disponível para venda, pois foi lançado por uma editora pequena à época (que não existe mais) e sua tiragem foi de 50 cópias apenas. Eu realmente não saberia dizer de onde surgiu a ideia desta história densa e bastante dramática, como não sei dizer de onde surgiram quase todas as outras ideias que tive. A inspiração apenas surge, flui de repente, sem plano e sem aviso, e tudo o que me resta é dar vazão a ela e escrever a história.

⭐️O QUE REPRESENTA PARA VOCÊ TER AS SUAS OBRAS PUBLICADAS? Representa muita coisa: reconhecimento, alcance de mais leitores, confiança de que estou fazendo um bom trabalho, estímulo para que eu busque sempre melhorar minha narrativa...ser publicado e ser lido é a melhor sensação que eu, quanto escritora, posso experimentar.

⭐️DE TODOS OS LIVROS QUE ESCREVEU TEM ALGUM QUE CONSIDERE QUE FOI MAIS TRABALHOSO? Acho que todos eles demandaram bastante trabalho, visto que me dedico bastante à pesquisa e a revisão. Além disso, sou bastante crítica e caso eu não sinta prazer em ler algo que escrevo, simplesmente me desfaço. Mas talvez, por ter um enredo que se passa durante o Renascimento, o meu romance “A madona e a Vênus”, a ser lançado em 2019 pela Universo dos Livros, tenha sido de fato um dos mais trabalhosos.

⭐️TEM ALGUM PERSONAGEM PREFERIDO, OU TODOS TÊM A MESMA IMPORTÂNCIA PARA VOCÊ? Todos eles possuem mesma importância, sem dúvida! Todos eles trazem algo de mim, seja uma vivência, um trauma, uma lembrança, uma experiência, ou até mesmo algo que eu abomino!

⭐️SE FOSSE PARA ELEGER SEU MELHOR TRABALHO, QUAL LIVRO SERIA? Sempre considero o melhor aquele que escrevo no momento, talvez por minha dedicação e por minha busca pela evolução. Quanto aos já escritos, eu não saberia responder...todos eles são bastante diferentes em seus enredos e trazem alguma mensagem que me é útil. Tenho orgulho e carinho por todos eles. 

⭐️EM QUE MOMENTOS VOCÊ ESCREVE? Ao contrário de muitos dos meus colegas, minha produção literária é totalmente orgânica: não tenho um horário certo para escrever, nem trabalho com metas de palavras ou capítulos. Eu deixo fluir. É como funciona pra mim, mesmo significando às vezes um maior trabalho de revisão no final. Mas certamente os horários que mais escrevo são na parte noturna, pois há o silêncio, há a tranquilidade das tarefas completadas no dia. E há o fato de eu ser notívaga.

⭐️TEM ALGUMA MANIA AO ESCREVER? Não sei se seria uma mania, mas costumo ouvir as vozes dos personagens, sentir os aromas, os sabores, ouvir os sons que eles ouvem. Eu os acompanho lado a lado, às vezes como mera observadora. É uma experiência bem surreal, quase esquizofrênica. E também costumo bastante escrever no papel e depois transferir para o computador. Dá um trabalhão, mas as ideias fluem magicamente quando tenho a caneta e o papel nas mãos. 

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#SemanaDaLiteraturaNacional
 — com Catarina Maria.

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